quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Paula de Vasconcelos

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13º Programa (29/01/09)
Paula de Vasconcelos
Nasceu em Portugal. Cresceu em Montreal.
Bailarina, actriz e coreógrafa, num diálogo constante entre a dança e o teatro.
A companhia fundada por Paula de Vasconcelos em 1987


"Kiss Bill" (2ª edição) no espaço Usine C de 4 a 14 de Fevereiro às 20h

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Jazz I

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12º Programa (22/01/09)
Especial Jazz português

(com a participação de Ricardo Costa)



sábado, 17 de janeiro de 2009

Julião Sarmento

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11º Programa (15/01/09)
Julião Sarmento

Saldanha Residence Movie TheatreLisboa, 1998

I Love You (with chairs), 2004


Joan, 2007

Rita, 2006

Boyd, 2008

Visite a página do artista Julião Sarmento em http://www.juliaosarmento.com/

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

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10º Programa (08/01/2009)
Cônsul-geral de Portugal em Montreal - Dr. Carlos Oliveira
No primeiro programa do ano, a 5a das Artes recebeu o Cônsul Carlos Oliveira.
Como a cultura e as artes são um dos melhores "cartões de visita" de um país,
quisemos com este programa dar a conhecer aos ouvintes as iniciativas culturais do Consulado. Com que apoios pode contar um português que apresente um projecto cultural independente? Quais são os maiores desafios no que diz respeito à intervenção cultural do Consulado em Montreal? Conheça as repostas no programa de hoje.
E porque estamos no início do novo ano, o Cônsul Carlos Oliveira apelou à união e a uma maior participação cívica por parte da comunidade portuguesa em 2009.

Fotografia do Cônsul Carlos Oliveira retirada do site www.avozdeportugal.com

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9º Programa (25/12/2008)
Emissão especial de Natal


Dia de Natal

Hoje é dia de era bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão

Outros textos lidos durante esta emissão:
O Espírito do Natal in A Árvore das Histórias de Natal de José Jorge Letria
Era uma vez, lá na Judeia de Miguel Torga
Suave Milagre de Eça de Queiróz

Música: Coro de Santo Amaro de Oeiras